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domingo, 14 de junho de 2020



Tensão Superficial


Desafio Academia de Ciências em Casa
#semana8



Esta semana falamos de tensão superficial. E o que é tensão superficial? É uma propriedade dos líquidos em que as moléculas à sua superfície estão sujeitas a uma forte atração entre elas, formando como que uma “pele”.
Nas experiências abaixo vemos como a tensão superficial funciona e como uma simples gota de detergente altera a organização molecular da superfície.


Experiência 1
Dedo mágico

Põe um pouco de água num prato e salpica com orégãos. Experimenta colocar o dedo no centro do prato e vê o que acontece.
Depois, molha a ponta do dedo em detergente da loiça e volta a colocar no prato e observa com atenção... os orégãos afastam-se!




Experiência 2
Círculo perfeito


Pegamos num fio de lã e damos um nó nas pontas.
Colocamos água no prato e pomos o fio em cima. Molhamos um palito em detergente da loiça, tocamos na parte de dentro do fio e... forma-se um círculo!




Experiência 3
Corrida de peixinhos

Recortamos uns peixinhos em papel. Põe água num tabuleiro e coloca o peixe na superfície. Molha um palito em detergente da loiça e toca levemente na água, entre a cauda do peixinho. O que vês? Os peixinhos movimentam-se!
Se quiseres, também podes fazer barquinhos!



Quando o detergente toca a água, quebra a tensão superficial e as moléculas da água afastam-e, levando consigo o que está na sua superfície: os orégãos afastam-se, o fio forma um círculo e os peixinhos movem-se!


Experiência 4
Explosão de cores


Precisamos de um prato com leite, onde vamos colocar umas gotas de corante alimentar. Com um cotonete embebido em detergente da loiça, tocamos na superfície do leite e corantes. O que acontece é surpreendente… as cores parecem explodir!

Quando o cotonete com detergente da loiça toca a superfície do leite, quebra a tensão fazendo com que as moléculas de afastem e “arrastem” as cores com elas!


Experimenta colocar uma folha de papel em cima do leite colorido e retirar com cuidado. Depois de seco ficas com com um bonito papel colorido!


Nesta experiência usámos leite meio-gordo. Experimenta aí em casa com leite magro e com leite gordo e diz-nos se há diferenças!



domingo, 7 de junho de 2020


Cozinha com Ciência


Desafio Academia de Ciências em Casa
#semana7

Quando fervemos a água e ela evapora, quando fritamos ou cozemos os alimentos e eles se transformam, quando descascamos a fruta e ela fica oxidada, as diferentes densidades de alguns líquidos como o azeite e a água... são inúmeras as transformações físicas e químicas que podem acontecer numa cozinha. Esta semana, vamos experimentar algumas delas!


Experiência 1
Iogurte caseiro

Só precisamos de 1 litro de leite e um iogurte natural.

Aquecemos o leite até, aproximadamente, 85 graus. O leite ferve aos 100 graus... um bocadinho antes de ferver, começa a fazer umas pequenas bolhinhas, o que significa que se encontra entre os 80 e os 90 graus... é altura de desligar!
Deixamos arrefecer até, mais ou menos, 45 graus. O nosso dedo aguenta temperaturas de 40 a 50 graus... se colocarmos o dedo dentro do leite e aguentarmos sem nos queimarmos, significa que está na temperatura que precisamos.

Misturamos o iogurte natural, mexemos e tapamos. Como precisamos que mantenha o quentinho, embrulhamos num cobertor e guardamos (por exemplo, no forno), de um dia para o outro (no mínimo 12 horas). Se fizeres depois de jantar, de manhã cedinho tens um iogurte fresquinho para o pequeno almoço!

Como é feito com iogurte natural, fica um bocadinho amargo. Podes juntar açúcar ou compota e fica delicioso!



A ciência: o iogurte tem muitas bactérias, mas daquelas boas e que fazem muito bem à nossa barriga! Quando se juntam ao leite, transforma-no... podemos dizer que o iogurte é leite com bactérias! Aquecemos o leite porque ele  também tem algumas bactérias, mas que não são precisas para fazer o iogurte. Quando o deixamos arrefecer, criamos condições ideais para as bactérias do iogurte se reproduzirem no leite e transformarem-no!

Experiência 2
Manteiga

Precisas de um frasco e de natas gordas… e muita força nos braços!!

Colocamos as natas no frasco, fechamos bem, agitamos, agitamos, agitamos… e temos manteiga fresquinha e saborosa!

A ciência: as natas têm muita gordura. Ao agitarmos muito, fazemos com que as moléculas de gordura se separem do líquido e se agrupem, formando um sólido… a manteiga!

Experiência 3
Gelado

Precisamos de 100ml de leite, 2 colheres de chá de chocolate, 1 colher de chá de açúcar. Um saco de plástico pequeno e um maiorzinho, gelo (mais ou menos 20 cubos) e 3 colheres de sopa de sal grosso.
Colocamos todos os ingredientes no saco pequeno. Tiramos o máximo de ar que conseguimos e fechamos bem. No saco grande pomos o gelo e o sal. Colocamos o saco pequeno dentro do grande, tiramos o ar e fechamos. Depois é só agitar muito bem durante 5 minutos. O resultado é um saboroso e rápido gelado!




A ciência: Ao juntar o gelo ao saco, vamos alterar o ponto de solidificação. O gelo vai derreter mais depressa e absorver o calor da mistura de leite. Ao agitarmos o saco, criamos bolhinhas de ar que ficam presas na mistura de leite, tornando-o mais suave.

Experiência 4
Cristais de Açúcar

Precisas de uma quantidade de água para duas de açúcar, por exemplo, uma chávena de água para duas de açúcar.
Levamos ao lume até a água ferver e o açúcar derreter todo, criando um xarope. Deitamos a mistura em dois frascos (com muito cuidado) e pomos um bocadinho de corante alimentar em cada um.

Mergulhamos os palitos nos frascos e passamo-los pelo açúcar, deixando-os secar enquanto o xarope de açúcar arrefece. Depois, voltamos a pôr os palitos nos frascos, segurando-os com uma mola para que não cheguem ao fundo e os cristais se possam formar à sua volta. Deixamos num local sossegadinho durante uma semana. Vais ver que lindos cristais se formaram! 


Se fores guloso podes prová-los, mas cuidado que são mesmo muito doces! Também podes utilizá-los para adoçar um sumo natural enquanto o mexes!

A ciência: conseguimos diluir uma determinada quantidade de açúcar em água fria, mas em água quente conseguimos diluir muito mais! Ficamos com uma grande concentração de açúcar que, ao arrefecer, vai “sobrar” e depositar-se no açúcar que colocamos nos palitos, formando bonitos pauzinhos de cristais!


domingo, 31 de maio de 2020


Equilíbrio

Desafio Academia de Ciências em Casa
#semana6

A Gravidade é o que mantém nossos pés no chão! Somos capazes de manter os pés no chão porque a Terra tem uma força muito forte que puxa tudo em direção ao centro. Essa força é chamada Gravidade. 
O centro de gravidade ou centro de massa de um objeto é o ponto em que o peso é uniforme em todos os lados... é o que mantém tudo equilibrado e nos impede de cair!

Experiência 1
Cenoura Equilibrista



Primeiro, espetamos o palito partido ao meio no centro da cenoura e tentamos equilibrar em cima da garrafa (temos de ter cuidado com as pontas afiadas dos palitos!)


Depois, espetamos os palitos grandes na cenoura e as gomas em baixo. Colocamos em cima da garrafa e observamos!


Inicialmente, o centro de massa da cenoura estava na própria cenoura e acima do ponto de apoio. Ao colocarmos os palitos e gomas, alterámos o centro de massa, que deixou de estar na cenoura e passou a estar abaixo do ponto de apoio.





Experiência 2
Cobra Bailarina


No quadrado de papel, traçamos duas linhas perpendiculares entre os vértices e, no cruzamento, encontramos o seu centro.
Desenhamos uma espiral partindo do centro, que será a cabeça da cobra, e recortamos pela linha.


Prendemos o palito com a mola e tentamos equilibrar a cobrinha na sua ponta. Ao colocar a cabeça da cobra na ponta do palito o corpo cai, puxado para baixo pela força da gravidade e o centro de massa, que antes estava na folha, passa para baixo do ponto de apoio, permitindo que se mantenha em equilíbrio.




Experiência 3
Ursinho Equilibrista


Começamos por colar a cabeça do ursinho a um dos palitos e espetamos na rolha. Depois colocamos os braços e as pernas, fazendo os pezinhos com as duas gomas.


Será que o conseguimos colocar em equilíbrio?
Prendemos a argolinha de metal ao limpa cachimbos, fazemos um furinho pequeno atrás e prendemos o que agora é a caudinha do urso.
Tentamos novamente colocá-lo em equilíbrio ajustando a cauda, ou seja, ajustando o centro de massa, que agora se encontra abaixo do ponto de apoio.



Tenta também equilibrá-lo na ponta de um pauzinho de espetada!





Experiência 4
No Restaurante
Ideal para passar o tempo no restaurante ou surpreender na mesa do jantar!


Encaixamos a colher entre os dentes do garfo (se precisarmos, pedimos ajuda a um crescido) de maneira a que fique segura. Em seguida, colocamos o palito entre os dentes do garfo e, com cuidado e paciência, conseguimos equilibrar esta "escultura" na borda do copo!







Experiência 5
Esculturas Malucas


Usando o material disponível, o desafio é construir uma escultura maluca em equilíbrio! Uma dica: manter a maior parte dos objetos abaixo do ponto de apoio, garantindo assim que o centro de massa também se encontra abaixo desse ponto, sendo possível manter-se em equilíbrio.





domingo, 17 de maio de 2020

Desafio Academia de Ciências em Casa
#semana4

A densidade é uma propriedade de todos os materiais e é uma relação entre a sua massa e o seu volume. Por exemplo, 1kg de ferro pesa o mesmo que 1 kg de algodão, mas o algodão é menos denso do que o ferro.

Experiência 1
Colocamos numa garrafa óleo e água, em quantidades aproximadamente iguais, e observamos o que acontece. Em seguida, colocamos umas gotas de corante à base de água.
O que podemos ver é que o óleo e a água não se misturam e que o óleo "sobe" para a parte de cima da garrafa enquanto a água fica na parte de baixo. O corante atravessa o óleo, indo diluir-se na água.
Tudo isto acontece porque o óleo e a água são dois líquidos imiscíveis, o que significa que nunca se misturam, e que o óleo é menos denso do que a água, sendo que um copo de óleo irá pesar menos que um copo de água!




Podemos fazer esta experiência num saquinho zip e aproveitar para fazer uma brincadeira sensorial!

Experiência 2
Num frasco, colocamos uma boa quantidade de óleo e um pouco de água com umas gotas de corante alimentar.
Em seguida, partimos pedaços de uma pastilha efervescente e deixamos cair no frasco.
As pastilhas reagem com a água, libertando-se dióxido de carbono que, como é menos denso do que a água, vai subir e sair do frasco, arrastando com ele bocadinhos de água e corante; o dióxido de carbono ao se liberatr por o frasco estar aberto, faz com que as gotinhas de áua regressem ao fundo do frasco, criando um movimento interessante e que é o princípio dos candeeiros de lava!



Experiência 3
Colocamos quantidades aproximadamente iguais de mel, água colorida e óleo num copo alto ou frasco, observando o que acontece.
Noutro copo alto ou frasco experimentamos, também em quantidades aproximadamente iguais, com mel, detergente da loiça, água colorida, óleo, álcool colorido (também com um pouco de corante)
Ao colocarmos os líquidos, com algum cuidado, percebemos que se mantêm separados, em camadas definidas. Isto significa que têm densidades diferentes, mantendo-se por ordem decrescente dentro do copo, ou seja, da maior para a menor densidade: o mel, detergente,  água, óleo, álcool.



Experiência 4
Colocamos água num frasco até meio, seguido de aproximadamente ⅓ dessa quantidade em álcool.
Em pequenos recipientes misturamos, dentro do que é possível (já sabemos que são imiscíveis), um pouco de óleo e algumas gotas de corante alimentar. Com uma colher, deitamos devagar estas "misturas".
Observamos que o óleo forma pequenas bolinhas numa camada entre o álcool e a água, enquanto o corante desce para se misturar na água.
Isto acontece porque a densidade do óleo é maior que a do álcool mas menor do que a da água, ficando "aprisionado" entre os dois. O corante, como é à base de água, a sua densidade é semelhante à desta e acaba por se diluir.





Experiência 5
Colocamos água a temperatura ambiente numa taça transparente, de forma a que seja possível cobrir dois frasquinhos com tampa.
Num frasquinho pomos uma gota de corante azul e enchemos com água fria e noutro, uma gota de corante vermelho e enchemos com água quente. Colocamos as tampinhas de forma a que seja possível retirá-las facilmente.
Com muito cuidado, colocamos os frasquinhos dentro da taça e tiramos as tampas.
O que podemos ver é que a água quente saiu logo do frasco, enquanto a água fria se manteve dentro do frasco. Isto acontece porque a densidade da água fria é ligeiramente maior e a densidade da água quente é ligeiramente menor, do que a densidade da água à temperatura ambiente.





Experiência 6
Em quatro frascos iguais, colocamos água bem quente em dois e água fria nos restantes. Na água quente pomos um pouco de corante azul e na fria, corante amarelo.
Primeiro, tapamos um frasco amarelo (água fria) com um pequeno pedaço de papel e, num movimento rápido, viramos ao contrário (o papel não cai!), colocando-o em cima de um dos frascos com água quente (azul), equilibramos e retiramos o papel com cuidado. 
Depois, fazemos o mesmo, mas colocando o frasco com água quente em cima do que tem água fria.
O que podemos constatar é que, nos frascos em que a água quente estava em cima, as cores mantiveram-se, não havendo mistura de águas. Nos frascos em que a água fria estava por cima, ambos ficaram de cor verde, o que significa que houve uma mistura das águas. Percebemos, mais uma vez, que a água quente tem uma densidade um pouco menor que a água fria, mantendo-se “acima” desta quando as juntamos!